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  • Lara Sartorio

"A CULPA É DE QUEM?": POLARIZAÇÃO POLÍTICA EM TEMPOS DE COVID-19


el aquelarre goya

El aquelarre - Goya

Não só um assunto- ou tuítes - circula no mundo todo.. Não é apenas uma fantasia coletiva ou paranoia sem lastro concreto. É tão material que... mata. E mata aos montes.


Uma breve revisão bibliográfica das produções de cientistas sociais sobre epidemias, pandemias e “saúde global em risco” (hantavírus, HIV/Aids, antraz, vaca louca, SARS, ebola) evidencia a centralidade das respostas governamentais. Não é novo, por exemplo, o embate realizado entre a “economia”, de um lado, e “vidas”, do outro. O que muitos desses trabalhos apontam, a partir de uma perspectiva crítica, é que os governos criam, em momentos de crise, uma pretensa neutralidade científica para as soluções que apresentam, que consistem, quase sempre, na escolha política da manutenção de privilégios econômicos em detrimento da vida.


A racionalização é um recurso político-ideológico fundamentado na dicotomia entre razão e afeto que orienta as ações para a eficiência, por meio de técnicas e uso da razão. Sendo este um recurso da política neoliberal por excelência, a fachada “técnica” e “neutra” existe como pretensa justificativa para as decisões que são políticas. Assim como não há separação entre razão e afeto (argumentada desde Espinosa, no século XVII), tampouco há entre técnica e política. O que as crises sempre apontaram, desde que o capitalismo assume dimensões globais, é que a dita neutralidade, seja ela discursiva por parte nas narrativas do poder, seja as especialistas, por parte da ciência e verdades científicas, é uma farsa. De 2008 para cá, as crises e respostas estatais são especialmente elucidativas a esse respeito.


Crise como modo de governo


Quase sempre, a complementaridade entre “crise” e “ordem”, que fundamenta o modo de produção atual, dá conta de experimentar as crises como momentos vivificantes de criação de oportunidades para os mais ricos. A reestruturação permanente do que está posto, a partir de uma perturbação constante das condições de existência, é uma estratégia que consiste em suscitar o caos para criar demandas de ordem.


Experimentamos, no Brasil, mas não exclusivamente, uma peculiaridade curiosa– e, podemos dizer, perversa. Ao contrário das estratégias de despolitização e narrativas políticas veladas pela tecnicidade, o poder executivo apela à politização dos discursos oficiais, não como crítica às políticas que privilegiam a economia em detrimento das pessoas, ou da crise sendo oportunisticamente utilizada por empresários. Em histérica necessidade de se apresentar em autenticidade, o Presidente Bolsonaro (sem partido) mobiliza politicamente sua base eleitoral de modo contrário aos esforços de contenção da pandemia virulenta (e virótica) que, enquanto tal, demanda ações coletivas orquestradas. Percepções de cuidados de si e do outro são, por lógica, fundamentais ao combate do vírus, ainda que poucas sejam as certezas da doença.


O presidente do Brasil, contudo, esforça-se para, diante da necessidade de união e solidariedade, fomentar separação e consolidação de campos políticos antagônicos sobre percepções que são, em tese, consensuais. O clima criado no país assemelha-se àquele experimentado durante as eleições de 2018. Há uma distinção rotulante e apressada de determinação de dois polos em conflito, reduzindo toda narrativa a um ou outro polo dessa disputa. Isso é feito tanto pelo adversário como por nós mesmos, que de maneira simplista nos distinguimos através da polaridade.


A quarentena, por exemplo, tornou-se objeto de divisões políticas de modo a muitos de seus eleitores associarem os defensores do isolamento como medida emergencial para a pandemia com o comunismo e o Partido dos Trabalhadores (PT). Por um lado, panelaços cotidianos vêm ocorrendo durante a quarentena. Apesar de sua importância,as palavras de ordem não enunciam mais que negação: “Fora Bolsonaro!” e uma sequência de “foras” e “abaixo”. Nesse vazio, logrados os tantos “foras”, o que queremos?


Em resposta aos panelaços contrários às medidas do Bolsonaro, carreatas foram convocadas em diversas cidades na defesa do pronunciamento do Presidente [1], que se manifestou contra a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) pautando o fim do confinamento em massa e defesa da reabertura do comércio, escolas e outros serviços. É de se notar, entretanto, que em meio aos campos políticos que gritavam desde o isolamento de suas casas, por um lado, e que buzinavam mascarados de dentro de seus carros fechados, por outro, trabalhadores circulavam pela cidade de ônibus e pessoas em situação de rua seguiam sem acesso à água para lavar as mãos.


O cenário é de um presidente e seus apoiadores anticiência e intelectualidade, de um lado, e, do outro, aqueles favoráveis às orientações e protocolos mínimos frente à pandemia, que acabaram conformando uma defesa da ciência de modo geral. Ou seja, a trajetória crítica frente ao papel da ciência e dos discursos racionalistas de apelo à técnica, como a tradição crítica pautava, foi posta em suspenso, face a urgência de resposta no embate colocado. Observem que, no fim, há uma redução à lógica do adversário político, efeito de uma polarização política que não acolhe todos os imaginários e campos políticos postos em nossa sociedade. É certo, contudo, que seus efeitos são alarmantes porque não se sustentam.


Não entrarei no mérito da (falta de) responsabilidade de um presidente se pronunciar na contramão dos empenhos globais que, nesse momento, lutam por conter o espraiamento da pandemia. Especialmente quando nenhuma informação é totalmente segura sobre a incerteza que paira nessa, mas é mandatória a ação coletiva para testarmos as saídas, tendo em vista o caráter virulento da doença. Contudo, esboço uma reflexão quanto ao papel perverso de incutir e intensificar polarizações em um momento em que a resposta passa, antes de tudo, por solidariedade e empatia. Há, nesse sentido, uma politização despolitizadora e, logo, limitadora de nossos imaginários e horizontes políticos.


“Vamos à guerra!”


Sem um projeto bem delimitado, os que primamos pela vida e críticos do capitalismo, desesperam-se por clamar por técnica, constituição e até repressão àqueles que fogem das orientações (técnicas) de especialistas face os absurdos expressos pelo presidente. Nos traímos em nossas ideias como saída única no reducionismo imposto pela polarização política.


A legitimidade e fácil adesão que medidas extralegais vão assumindo nesse momento de crise pandêmica são preocupações de primeira ordem. Tratada como uma questão de segurança, as iniciativas passam por operar medidas que vão desde à “conscientização” até o controle e a repressão protagonizadas por guardas municipais, polícia militar e Forças Armadas. As forças armadas assumem centralidade na solução de uma questão de saúde (como demonstra o pronunciamento de Bolsonaro do dia 1 de abril, em que dedica boa parte de sua fala a saudá-los).


Observemos que, diante de uma situação que demanda laços de solidariedade, empatia e ação coletiva, as responsabilizações se fazem, contraditoriamente, individualizadas. O protagonismo do aparato repressivo nessa situação, as regulações por aplicação de multa e sanções penais (como em muitos países) são recursos da autoridade estatal para atribuir culpas individuais. Há, nesse arranjo da regulação na perspectiva penal com as orientações de responsabilidade individual um terreno fértil de radicalização das lógicas já existentes de controle social justificado pela imagem de um inimigo interno.


Enquadrar o tratamento da crise pandêmica pela coerção estatal e lançar mão da criminalização é produzir estereótipos sobre a diferença. O discurso sobre o crime é um discurso classificatório e constituidor de imaginários coletivos. A produção do inimigo interno, como abordado em trabalhos sobre a violência urbana (MISSE, 1999; CALDEIRA, 2000; TELES, 2015; MALAGUTI, 2003), cumpre um papel fundamental de retroalimentação entre violência e medo.


A doença é facilmente transmitida pelo ar, seu maior problema, e seus vetores podem ou não apresentar sintomas. Ou seja, qualquer um pode estar transmitindo o vírus e contaminando ambientes com muita facilidade. Como resultado, o “outro” é posto enquanto ameaça, potencial invasor de mim [2]. Temos, nesses termos, uma radicalização da já consolidada sociabilidade fundamentada no imaginário do medo, que busca a todo tempo produzir e identificar como portadores do medo e da ameaça aqueles abarcados pelos estereótipos da diferença. Em tempos de coronavírus, essa relação se evidencia de modo mais dramático pelos casos de racismos e xenofobia intensificados ao redor do mundo [3].


O Estado securitário, que caracteriza o “liberalismo autoritário”, [4] justifica medidas de controle social autoritárias para a garantia das relações democráticas, por mais contraditória que seja essa relação. As tecnologias de vigilância são consentidas, e demandadas, como garantia de “sensação de segurança” [5]. O poder vigilante ressona nos corpos, tornando-nos não apenas quem consente, mas ativos em vigiar-nos uns aos outros.


A postura imediata diante da pandemia autoriza o julgamento e responsabilização, tendo em vista que as respostas e responsabilidades até agora foram deslocadas do Estado e mais fortemente exigidas de cada um de nós, individualmente. “Vamos usar máscaras”, mas a proposta do Estado é a mobilização das costureiras e não sua distribuição. “Isolamento”, mas a renda mínima quando finalmente aprovada é cheia de atropelos e debilidades. “É preciso lavar sempre as mãos”, mas a população de rua segue sem acesso à água. No Rio de Janeiro, por exemplo, já há algum tempo diversas favelas sofrem com falta de abastecimento regular de água [6].


A radicalização de sociabilidades refere-se à acentuação das desigualdades e vulnerabilidade de determinadas populações na pandemia. Assim, o fator virótico do COVID-19 implica em um temor não localizável - um vírus não pode ser visto a olho nu. Torna-se, portanto, um medo multitudinal. Ora, a relação fantasmática de nossos medos vem sendo resolvida pelas articulações de poder de modo a encarná-las em estereótipos. Seja o “bandido”, “criminoso”, “favelado” conforme aponta Misse (2010), seja o imigrante ou, fruto da estimulada polarização política, o “comunista”, “petista”, “cientista”, “professor”, tornaram-se recursos à materialização do inimigo a ser combatido, já que estamos em “guerra”.


O enquadramento de guerra à situação não deixa de convocar seus cidadãos. Ou fazê-los sentir parte dessa missão. Como já expressou Marcella Araújo [7], há uma conotação bélica nas formas com que os governos vem respondendo à epidemia. Com efeito, há a necessidade de se produzir um inimigo mais visível que o vírus. “Vamos voltar para a guerra!” foi a forma enunciada nas imagens de convocatória das carreatas.


(Figura 1)


No Brasil, o Estado gere uma guerra civil contínua. Como para toda guerra é necessário um inimigo (neste caso, interno), uma disjunção fundamental de “nós” e “eles” conforma duas formas de sujeito: aqueles que possuem vidas que valem a pena ser vividas, reconhecidos como pessoas e que são “enlutáveis” (Butler, 2015). E, por outro lado, aqueles que existem como números, em relação aos quais não há dolo nem comoção, são as “vidas socialmente mortas”. A pandemia não faz essa distinção. Em consonância - com o vírus -, o presidente integraliza essa lógica à população entendendo todas as vidas não como passíveis de proteção, mas sim como sacrificáveis na crise. A nota oficial do Ministro da Defesa no último 31 de março - data que memora o brutal golpe civil-militar de 1964, mas comemorada pelo governo -, é finalizada assim: “O Movimento de 1964 é um marco para a democracia brasileira. Muito mais pelo que evitou.”[8] O que se “evitou” com o golpe? A “ameaça” comunista. O que foi necessário para isso (louvável para o governo)? Assassinatos, desaparecimento de corpos, torturas e perseguição.


Não é um detalhe que nesse momento a polarização promovida pelo “gabinete do ódio” torne questões como um “sim” à quarentena uma associação com a ideologia comunista. A ampliação desse espectro de ameaça, todos “comunistas”, se faz necessária para a justificativa dos corpos que, desde já, o governo Bolsonaro faz desaparecer: não podem viver seus rituais de luto; em sua maioria, não recebem o diagnóstico devido antes de morrer; o acesso aos exames é restrito [9]; não terão acesso ao serviço público de saúde. O saudosismo da ditadura nos lançou “de volta aos porões da ditadura”, como comentou Vladimir Safatle [10]. E o inimigo, o gabinete do ódio já nomeou: “comunavírus”, tendo em vista a ressaltada – por eles – origem na “China comunista”. Ideia essa, aliás, que protagonizou os tuítes desse grupo sobre o coronavírus [11].


Com esses elementos, um sistema de proteção mínima, assegurado pelo Estado de Direito Democrático, e assinalado pelo esforço dos países em nível global nesse momento, foi totalmente rompido por Bolsonaro. Ao colocar-se contra o isolamento das pessoas como medida de proteção e prevenção sanitária [12], isolou-se do resto do mundo, garantindo sua estratégia de se apresentar como o “herói acorrentado”, termo utilizado por Safatle, ou seja, aquele que quer salvar este país mas, coitado, tudo e todos agem contra sua boa vontade. Para tanto, é necessário impetrar certa insistência no estabelecimento do caos generalizado. Como destaca Olavo de Carvalho, em entrevistas diversas, ao ser indagado sobre o que espera com tudo isso: “eu quero é foder com tudo” [13].


O que a pandemia do coronavírus revela e nos impõe como tarefa


Todas as epidemias, ao longo da história, revelam é um caráter aparentemente surpreendente e disruptivo. A tendência a crises diversas serem apresentadas, na dinâmica do capitalismo, como novidades, desconhecidas e de responsabilidade não localizável é parte de seu engodo desencadeador. Contudo, aprendemos com os epidemiologistas e cientistas sociais que os modos de vida precários desencadeiam enfermidades e sua propagação [14] .


O coronavírus desnuda a precariedade do nosso modo de existência. As relações e contratos (ou ausência deles) no mundo do trabalho; a desigualdade social aprofundada, que restringe acesso a direitos básicos (como acesso à água, moradia, alimentação, serviço de saúde, etc); a fragilidade da dependência alimentar que vivemos e de sua desproporção do desperdício à escassez; o modo insustentável com que nos relacionamos com o meio ambiente [15] ; os impactos do esgotamento de investimentos em serviços públicos no neoliberalismo; a vida individualista e atomizada agora como impossibilidade; as desigualdades e violências experimentadas no ambiente doméstico e retroalimentadas pela estrutura patriarcal no espaço público; o tempo de confinamento na relação de trabalho apresentado como liberdade, dentre outros aspectos. A crise atual, portanto, nada mais é que todas as crises decorrentes da nossa forma de sociedade reveladas a um só tempo. Note que, a partir disso, essa tem um forte apelo afetivo e existencial, além, é claro, da materialidade, mais imediata.


Estamos vivendo uma oscilação que diz respeito a temporalidades. Medo e desespero. O medo é o tempo da expectativa, "tristeza instável, surgida da ideia de uma coisa futura ou passada, de cuja realização temos alguma dúvida" (SPINOZA, 2016). [16] O desespero é a experiência mesma dessa tristeza, afastada a dúvida. São temporalidades distintas. O primeiro, nesse caso, é estabelecido pela ameaça concreta de contaminação por um vírus facilmente transmitido e que, em muitos casos, pode ser fatal. A proximidade de sua letalidade, casos ao redor, de conhecidos e entes queridos, conduz ao desespero. Nessa oscilação há um desamparo em que não apenas se relega, mas se demanda uma postura firme de quem está a cargo, terreno fértil para medidas autoritárias, extralegais, de exceção, e mais facilmente de adesão popular. E é nessa lógica que os Estados operam por seu fundamento e pacto básico originário: proteja a minha vida que eu lhe obedeço.


O medo de perder a vida e medo daqueles “portadores da ameaça” certamente não é exclusividade da pandemia. Em intensidades distintas, é um afeto constituinte da subjetividade coletiva. As mais diversas tradições religiosas pensam o medo não antagonizado pela segurança, como propõem as respostas estatais. Mas pelo amor. Amor, nesse caso, como laços fraternos e solidários. Parece piegas, mas pensando bem, que tarefa mais urgente a crise de agora nos impõe que não a solidariedade, ainda que mediada pela vulnerabilidade?


Será necessário agir junto, porque a saúde de quem você não conhece implica na sua também. O acesso irrestrito à saúde pública, a alimentação adequada, à moradia e aos elementos mais básicos se mostram como única saída para que o vírus não se alastre. E veja bem... os muros de concreto que materializam a experiência do medo nas cidades de nada adiantará para um vírus que circula pelo ar que se respira. E é comum. Faz-se necessário reinventar os afetos que nos constituem. O coronavírus nos mostra de maneira aterrorizante que nossa forma de sociedade é a própria crise e é preciso não somente recusá-la, mas afirmar uma alternativa.


[Agradeço a generosidade dos comentários e da revisão da brilhante Gabriela Caruso]



NOTAS


[1] Acesso em:


[2] Sobre essa relação do Outro em dinâmica de “abismo do Próximo”, ver o livro “Violência”, de Slavoj Zizek (2014).


[3] Uma série de casos de racismo e xenofobia foram noticiados ao longo desse período. Reproduzo aqui apenas alguns, em caráter de exemplificação: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/02/03/Como-o-racismo-aflora-diante-do-medo-do-coronav%C3%ADrus

https://livewire.thewire.in/rights/we-are-not-corona-northeast-students-make-posters-against-racial-abuse/


[4] Noção de que o “liberalismo econômico pode, sem contradição fundamental, se combinar com um autoritarismo politico (Chamayou, 2017). Texto completo em: http://mutacoes.com.br/sinopse/uma-sociedade-ingovernavel-uma-genealogia-do-liberalismo-autoritario/


[5] Sobre o consentimento da vigilância, ver "Ruptura – A crise da democracia liberal”, de Manuel Castells (2018). Vale tambémo filme “O som ao redor” (2012), direção e roteiro de Kleber Mendonça, especialmente interessante ao abordar esse assunto.





[9] E também prioritário, como aponta material recente do Pragmatismo Político: https://www.pragmatismopolitico.com.br/2020/04/privilegiados-famosos-conseguem-testes-para-o-coronavirus.html


[10] Debate realizado dia 3 de Abril, ao vivo, na plataforma facebook, uma realização do Esquerda Diário.


(Agradeço às contribuições e trocas realizadas com o pesquisador Victor Rabello Piaia acerca do assunto).


[12] Cabe aqui mais uma vez destacar: não pela certeza de que o isolamento será o método mais eficaz a longo prazo, mas pelo esforço coletivo e urgente de conter os picos de contaminação de modo coletivamente coordenado.


[13] Como pode ser visto em: https://m.youtube.com/watch?v=rUsrwQFpxOI


[14] Aqui vale ressaltar e indicar a leitura do texto também publicado na Horizontes ao Sul, “É para isso que serve a sociologia?”, de Karen Kendrick.



[16] Concepção que demanda matizes e aprofundamentos de maior dedicação do trabalho de Spinoza, mas que, neste artigo, atende ao desenvolvimento do argumento. SPINOZA, Baruch (2016) Ética. Editora Autêntica. p.144.



REFERÊNCIAS


BATISTA, Vera Malaguti. (2003), O medo na cidade do Rio de Janeiro. Editora Revan. Rio de Janeiro.


BUTLER, Judith. (2015), Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto?1a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.


CALDEIRA, Teresa. (2000), Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34/Edusp.


MISSE, Michel. (1999), Malandros, marginais e vagabundos e a acumulação social da violência no Rio de Janeiro. Tese de Doutorado em Sociologia, Iuperj, Rio de Janeiro.


__________. (2010), Crime, sujeito e sujeição criminal: aspectos de uma contribuição analítica sobre a categoria "bandido". Lua Nova [online]. n.79


TELES, Edson. (2015), Democracia e estado de exceção: transição e memória política no Brasil e na África do Sul. São Paulo: Editora Fap-Unifesp.



Como citar esse texto: SARTORIO, Lara.(2020), "A culpa é de quem?": Polarização política em tempos de Covid-19". Horizontes ao Sul. Disponível em: https://www.horizontesaosul.com/single-post/2020/04/15/A-CULPA-E-DE-QUEM-POLARIZA%C3%87%C3%83O-POL%C3%8DTICA-EM-TEMPOS-DE-COVID-19

Lara Sartorio é cientista política e doutoranda em Sociologia pelo IESP-UERJ.

Editora Responsável: Simone Gomes

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