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  • Marcia Rangel Candido

PIONEIRAS: VÂNIA BAMBIRRA E AS MULHERES NO CAPITALISMO DEPENDENTE


Montagem: Andrea Ribeiro

Esse texto nasce de uma reflexão embrionária sobre o papel das mulheres na produção de conhecimento e, mais especificamente, na elaboração de ideias econômicas. A urgência de pautas feministas na área – tal como a desigualdade salarial, os obstáculos à carreira e os entraves impostos pela atual divisão sexual do trabalho etc - tem colaborado para ampliar a discussão sobre a falta de reconhecimento do grupo feminino nas universidades e nas profissões acadêmicas em geral[1].

O tema da invisibilidade das mulheres em campos intelectuais legitimados é expressivo, por exemplo, quando se nota a ausência das economistas brasileiras nas ementas de disciplinas e nas referências bibliográficas de cursos de graduação e pós-graduação. A exceção é a menção obrigatória à Maria da Conceição Tavares, importante interlocutora no debate sobre o desenvolvimento brasileiro e seus obstáculos, que dialogou com nomes como Celso Furtado, Ignácio Rangel e Raul Prebisch, formando gerações de economistas como professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O objetivo do presente ensaio é justamente salientar a relevância das contribuições de mulheres em discussões sobre o desenvolvimento nacional a partir da retomada da trajetória e da obra de um importante nome da economia política em sua vertente marxista: Vânia Bambirra.

Ação e reflexão

Vânia foi uma das grandes responsáveis pela formulação da “Teoria da Dependência”, ao lado de André Gunder Frank, Ruy Mauro Marini e Theotônio dos Santos, o “grupo dos quatro”. Filha de um militante do Partido Comunista, nascida em Belo Horizonte em 1940, sua trajetória foi marcada pela combinação de militância política e reflexão teórica. Concluiu o curso de graduação em Sociologia e Política, com extensão em Administração Pública na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1962. Fundou e militou na Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP) entre 1961 e 1966. Após o Golpe de 1964, é coagida a abandonar seu posto de professora (e o curso de mestrado) na Universidade de Brasília (UnB) e passa a viver na clandestinidade, até romper com a POLOP e abandonar o país. Durante seu exílio no Chile, trabalhou no Centro de Estudios Socioeconómicos (CESO). Depois da queda de Salvador Allende, em 1973, migrou para o México, onde se tornou professora da Faculdade de Economia da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). Em 1980, com a abertura política no Brasil, a intelectual retorna do exílio e participa da fundação do Partido Democrático dos Trabalhadores (PDT), ao lado de Leonel Brizola e Darcy Ribeiro. Em 1987, reinicia a atividade docente na UnB. Em meio a esse contexto, nascem os filhos Nadia e Ivan Bambirra, fruto da união com Theotônio dos Santos.

A vasta produção teórica de Bambirra, que inclui dezenas de livros, artigos e ensaios (ver lista ao final), foi dedicada à investigação teórica sobre as estruturas socioeconômicas e políticas específicas do capitalismo dependente, assim como à reflexão sobre os desafios colocados para avançar na transição e construção do socialismo na América Latina e no Brasil. Entretanto, seu trabalho é mais lido nos países de língua espanhola, e são escassas as edições em português. Fato que se deve não apenas à falta de traduções, mas ao isolamento acadêmico a que foram submetidos os dependentistas no Brasil, em especial de vertente marxista, após 1964[2].

O conjunto da obra

É possível identificar três eixos principais na obra de Vânia: (1) capitalismo dependente, (2) revolução e transição e (3) emancipação da mulher. Esse último, o menos lembrado. O livro mais conhecido da economista é “O Capitalismo Dependente Latino-Americano”, publicado originalmente em 1972, no Chile, ganhou recentemente uma versão em português da Editora Insular (2012). Neste trabalho, Bambirra apresenta uma nova tipologia dos países latino-americanos que contempla duas formas estruturantes de dependência. As diferenças identificadas no processo de desenvolvimento capitalista permitiram a autora caracterizar a relação entre o surgimento de uma burguesia industrial nacional com projetos de desenvolvimento autônomos e o grau de aprofundamento de processos de substituição de importações (ISI).

Os países do tipo A seriam aqueles cujo processo de industrialização deu-se a partir das últimas décadas do século XIX, como Argentina, Brasil, Chile, México e Uruguai. Nesses países as políticas de ISI permitiram quebrar a hegemonia do modelo agroexportador, garantindo maior diversificação das forças políticas e conformando uma espécie de “populismo progressista” como fenômeno político. A Colômbia também poderia ser incluída nesse tipo, embora não de forma plena. Já o tipo B abarcaria os países em que esse processo se deu a partir da II Guerra Mundial sob controle direto do capital estrangeiro. Nesses casos, a dependência profunda em relação ao investimento externo teria impedido a mobilização de diferentes atores políticos em torno de um projeto nacional de desenvolvimento. Bolívia, Equador, Peru e Venezuela seriam seus principais exemplares, ao lado de países centro-americanos como Costa Rica, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Honduras, a República Dominicana e Cuba. O tipo C, não explorado exaustivamente pela autora, reuniria os países com estrutura agrário-exportadora sem diversificação industrial, como Paraguai, Haiti e Panamá.

Ao analisar as contradições do capitalismo dependente, Bambirra sugere que o desenvolvimento capitalista demanda formas de repressão econômica, social e política cada vez mais extremas, que o aproxima do fascismo. A resposta possível a esse destino seria a transformação via socialismo, caminho “lógico” para evitar a barbárie.

Bambirra chegou a UnB em 1963, aos 23 anos, como mestranda do curso de Ideologia Brasileira oferecido pelo Departamento de Sociologia e deu aula no curso de graduação em Ciência Política (ROSSO e SEABRA, 2016). Na época, a recém-inaugurada universidade, contratava instrutores para lecionar seus cursos, como parte de um projeto inovador coordenado por Darcy Ribeiro, de abrir a universidade à comunidade através de cursos de extensão e criar centros de estudos especializados conectados com outras universidades do Brasil e do mundo. Em 1964, a UnB é invadida pelos militares e seus professores passam a ser perseguidos, o que leva alguns ao exílio. Bambirra então parte sem defender sua dissertação.

Os seminários de leitura sobre O Capital e a formação do grupo de Teoria Marxista da Dependência nesse período podem ser considerados como a primeira semente da reflexão sobre a dependência. Esses seminários mobilizaram um grande grupo de professores e instrutores, como Perseu Abramo e José Albertino Rodrigues, além da própria Bambirra. Ainda assim, o desenvolvimento teórico mais robusto foi posterior e remete aos vínculos estabelecidos entre o “grupo dos quatro” e o CESO (ROSSO e SEABRA, 2016). Santiago do Chile era então a capital do pensamento sobre desenvolvimento latino-americano, e lá, os futuros dependentistas puderam trocar ideias com os desenvolvimentistas da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL).

Como membro do grupo de Teoria Marxista da Dependência da UnB, Bambirra contribuiu de forma indelével para o debate acerca dos motores da transformação das sociedades dependentes, propondo a visão “polopiana”, ou da Nova Esquerda, por oposição à dualista ou de aliança de classes representada pelo Partido Comunista e pelas propostas da CEPAL. Com o passar dos anos, a visão dualista, também sustentada pelos intelectuais da USP, se tornaria hegemônica, e o livro de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto, “Dependência e desenvolvimento na América Latina”, uma referência obrigatória.

A mulher no capitalismo dependente

Há, contudo, uma parte da produção de Bambirra ainda menos explorada que se refere à participação das mulheres nas lutas revolucionárias. No artigo “La mujer chilena en la transición al socialismo”, um pequeno escrito de 8 páginas, publicado como suplemento à edição 133 da Revista Punto Final (junho de 1971), a autora explora uma série de questões sobre o papel da mulher na sociedade capitalista. Os pontos de discussão são o processo histórico de conquista dos direitos civis para as mulheres e a transição entre as posições de “dona de casa”, limitada ao ambiente doméstico, e “mulher independente”, economicamente autônoma. Como o ponto de partida é a realização da uma assembleia de mulheres comunistas no Chile, o texto também contempla as relações de gênero nos países desenvolvidos e dependentes e uma análise da situação da mulher chilena.

Inspirada na escritora marxista Margaret Bernston (1937-1991), Bambirra critica a divisão sexual do trabalho e o papel da mulher como parte do exército laboral não remunerado (ou produtoras de valores de uso), que é funcional ao processo de reprodução capitalista. O argumento principal da autora é a necessidade de reconhecimento das mulheres como atrizes políticas fundamentais à transformação da mentalidade por trás da reprodução das formas de produção capitalista. Essa mudança demandaria inclusive uma reflexão interna das esquerdas em geral, e dos partidos comunistas especificamente. De acordo com a Vânia, a propaganda comunista dos países dependentes contribuiria para a difusão e reafirmação da “mulher objeto” ao não se libertar da visão pequeno burguesa do feminismo e não enfrentar o problema da exploração do trabalho feminino. Um debate que permanece aberto nas esquerdas latino-americanas.

La lucha por la liberación de la mujer es una lucha politica y revolucionaria, que por ser una lucha en contra del sistema capitalista, que mantiene y necesita de la opresión de la mujer, este la inserta en el contexto de la lucha de clases y tiene que ser dirigida por la clase obrera, a traves de sus partidos y organizaciones de vanguardia. (...) no se trata tampoco de una lucha de mujeres para, su liberación, sino que de una lucha de todos los explotados para liberar tambien a las mujeres. Esta es la forma correcta que debe asumir esta lucha y, por tanto ella tiene que ser trabada por todos los revolucionarios, hombres y mujeres, aunque inicialmente cabe a estas impulsarla con mayor dinamismo. (BAMBIRRA, 1972, p. 15).

A especificidade da condição feminina ainda seria objeto de dois outros textos “Liberación de la mujer y lucha de clases” (1972) e “La politización de la mujer. Una batalla que está por darse” (1972) que foram reunidos em um livro ainda inédito chamado “Questão da mulher, luta de ontem, hoje e amanhã”, depositados em seu arquivo pessoal[3] (FERREIRA, 2017).

Como parte da luta ativa de Vânia contra o machismo, cabe lembrar o incidente ocorrido ainda nos primeiros anos da UnB, em que a economista enfrentou e venceu o então reitor da universidade, o antropólogo Darcy Ribeiro, quando este sugeriu que as mulheres deveriam ganhar salários mais baixos que seus pares homens. Na ocasião, Bambirra mobilizou a comunidade acadêmica, denunciando a atitude como discriminatória e ameaçando fazer greve. Da mobilização surgiu a ideia de organizar uma associação para defender os interesses dos professores (ROSSO e SEABRA, 2016).

No entanto, a despeito da não disparidade salarial entre homens e mulheres na carreira acadêmica, persistem as desigualdades entre os gêneros. Penso não apenas em relação ao não reconhecimento das especificidades ligadas à trajetória acadêmica de pesquisadoras, como aquelas vinculadas ao papel reprodutivo que têm impacto sobre a produtividade (teto de vidro). As mulheres seguem prejudicadas com triplas jornadas de trabalho, avaliações de produtividade cegas às assimetrias de divisão de tarefas de cuidado e, nas ciências sociais e em outras áreas, menosprezadas mesmo quando transcendem as inúmeras dificuldades e realizam contribuições intelectuais relevantes.

De esquecimentos e ausências

Esse é um texto que remete a ausências. Ao escrevê-lo, parti de um lugar específico. Ao iniciar meu projeto de pesquisa acerca do debate sobre o desenvolvimento econômico e o papel dos economistas na América Latina, me deparei com um campo dominado por homens e marcado por uma espécie de misoginia oculta. Coincidentemente, fui convidada a participar da equipe que entrevistaria Vânia Bambirra no escopo de um projeto de memória sobre o desenvolvimento na América Latina (Memórias do Desenvolvimento/INCT-PPED), coordenado pelo professor Flavio Gaitán (UNILA). Infelizmente, essa entrevista nunca foi feita, em virtude do falecimento de Bambirra, em 2015.

Sua contribuição ainda está por ser descoberta. Em especial no que se refere ao pensar o papel da mulher no sistema de produção de valor e a emancipação feminina como necessidade instrumental da “revolução”. Recuperar a produção de economistas brasileiras me parece um passo fundamental para abrir a caixa de Pandora das ideias econômicas e avançar no entendimento sobre as contradições inerentes ao desenvolvimento capitalista. Para então, (re)construirmos uma economia feminista. Uma economia que não pensa as mulheres, ou que não tem perspectiva de gênero, não é uma economia real.

OUTRAS OBRAS DE VÂNIA BAMBIRRA

Em português:

A Revolução Cubana – uma reinterpretação. Coimbra: Centelho, 1975.

A teoria marxista da transição e a prática socialista. Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 1993.

Cuba – 20 anos de cultura (entrevistas), 1983.

O Capitalismo dependente latino-americano. Editora Insular - IELA, Florianópolis, 2012.

Em espanhol:

La estrategia y táctica socialista: de Marx y Engels a Lenin. Em co-autoria com Theotônio dos Santos. Era: México, 2 tomos, 1980-81.

América Latina: história de medio siglo. Organizado por Pablo Gonzalez Casanova. Siglo XXI: México, 1978. Reeditado pela editora UnB, Brasília ,1988.

El control político del Cono Sur. Organizado pela Casa do Chile e pelo ILDES. Siglo XXI: México (1978).

Teoria de la dependencia: una anticritica. Era: México, 1977.

Integración monopólica mundial e industrialización. Universidade Central de Caracas: Caracas Venezuela, 1974.

La revolución cubana: una reinterpretación. Prensa Latino-Americana, Santiago do Chile (1973). Nuestro tiempo, México (1974); Centelha, Coimbra, Portugal (1977); Otsuky Shoten, Tóquio (1981).

América Latina: dependencia y subdesarrollo. Organizado por Antonio Murga e Guilherme Boils, Editorial Universitária Centroamericana, São José da Costa Rica, 1973.

El capitalismo dependiente latinoamericano. Prensa Latino-Americana, Santiago do Chile (1972); Feltrinelli, Milão (1974); Sigilo XXI editores, México (1974).

Diez años de insurrección en America Latina. Prensa Latino-Americana, Santiago do Chile (1971); Mazotta, Milão (1973).

Imperialismo y dependencia. Cadernos do CESO: Santiago do Chile, 1969.

Las relaciones de dependencia en America Latina.Bibliografia CESO: Santiago do Chile, 1968.

"Los errores de la teoría del foco: Análisis crítico de la obra de Régis Debray". En: Monthly Review. Selecciones en castellano, Santiago, N°. 45, diciembre de 1967.

NOTAS:

[1] Há uma série de iniciativas para recuperar a contribuição das mulheres no processo de produção de conhecimento científico. Embora não seja o objetivo desse texto, vale mencionar que as mulheres compunham 55% dos titulados em pós-graduação no país em 2015, de acordo com dados da CAPES (GARCIA e DUARTE, 2017). Para um quadro das Ciências Sociais no Brasil, ver, por exemplo, o Boletim nº1 do Observatório das Ciências Sociais, publicado em setembro de 2018.

[2] Ver Wasserman (2012) para uma discussão sobre o ostracismo dos teóricos da “corrente radical da dependência”.

[3] O Memorial-Arquivo Vânia Bambirra está depositado no Núcleo de Pesquisa em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sob responsabilidade dos professores Carla Ferreira e Mathias Luce.

REFERÊNCIAS:

BAMBIRRA, Vania. La mujer chilena en la transición al socialismo. Revista Punto Final, n. 133, junio de 1971.

______________. Liberación de la mujer y lucha de clases. Revista Punto Final, n. 151, Santiago de Chile, febrero de 1972.

CANDIDO, Marcia Rangel. FERES JÚNIOR, João. CAMPOS, Luiz Augusto. BOLETIM OBSERVATÓRIO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS - Raça e gênero nas ciências sociais: o perfil da pós-graduação no Brasil. N.1, setembro 2018. Disponível em: http://18.216.175.156/wp-content/uploads/2018/09/Boletim_OCS_1.pdf

CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004 [1969].

FERREIRA, Carla Cecilia Campos. Vânia Bambirra, intérprete de Lênin. Trabalho apresentado no Colóquio Internacional Marx e o marxismo 2017: De O capital à Revolução de Outubro (1867 – 1917) promovido pelo NIEP-Marx, Niterói, agosto de 2017.

GARCIA, Leila Posenato; DUARTE, Elisete. Equidade de sexo e gênero na pesquisa e na publicação científica. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 26, n. 3, p. 431-432, Sept. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222017000300431&lng=en&nrm=iso

ROSSO, Sadi Dal; SEABRA, Raphael Lana. A teoria marxista da dependência: papel e lugar das ciências sociais da Universidade de Brasília. Soc. estado., Brasília , v. 31, n. spe, p. 1029-1050, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922016000501029&lng=en&nrm=iso.

SEABRA, Raphael Lana. O capitalismo dependente latino-americano 40 anos depois. Soc. estado., Brasília , v. 28, n. 2, p. 449-454, Aug, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922013000200013&lng=en&nrm=iso.

WASSERMAN, Claudia. A trajetória de um grupo de intelectuais brasileiros, seu périplo latino-americano. História da América, p. 283, 2012.

VERBETE VÂNIA BAMBIRRA. Centro Ruy Mauro Marini. Disponível em: http://www.centroruymauromarini.org/v-nia-bambirra.html. Acessado em 1/9/2018.

Andrea Ribeiro é doutora em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ). Atualmente é professora visitante do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora do INCT, Políticas Públicas e Estratégias de Desenvolvimento.

Contato: aoribeiro@gmail.com.

 

Editora responsável: Marcia Rangel Candido

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